O Instituto Pereira Passos (IPP) possui uma linha editorial com diversas publicações relacionadas ao Rio de Janeiro, com o intuito de aprofundar o conhecimento sobre aspectos históricos, geográficos e sociais da cidade, metrópole e o conjunto do estado.
Avenida Brasil rodovia metropolitana
A pesquisa aqui apresentada, agora disponível para um público mais amplo, estrutura-se em duas partes principais, complementadas por um atlas morfológico da Avenida Brasil, objeto do estudo que deu origem à sua publicação. Uma primeira parte dedica-se à definição do conceito de rodovia metropolitana e, para tanto, convoca uma série de antecedentes. Essa primeira parte instala, então, as bases historiográficas que dão respaldo ao reconhecimento de uma primeira condição da Avenida Brasil enquanto infraestrutura rodoviária de suporte à urbanização. Apoiando-se em uma série de observações sobre o desenvolvimento urbano propagado, não apenas pela via em questão, mas por todo um vasto conjunto de infraestruturas viárias e ferroviárias, estrutura-se assim o conceito de rodovia metropolitana, cujas características espaciais são então introduzidas ao leitor.
Cidade Igualdade Felicidade
Cidade, Igualdade, Felicidade parte da premissa de que não importa o quanto a desigualdade seja reduzida, na economia de mercado, que tem sido adotada por quase todos os países do mundo, haverá invitavelmente grandes diferenças de renda. Ela propõe que uma boa cidade construa outras formas de igualdade e assegura que ninguém se sinta inferior ou excluído. Além disso, argumenta que a desigualdade é o principal obstáculo para a construção de cidades melhores, conducente à realização do potencial humano e da vida civilizada.
O livro nos lembra que quase todas as grandes cidades do mundo estão crescendo, e centenas delas no mundo em desenvolvimento se multiplicarão várias vezes ao longo das próximas décadas. Como diz o autor, uma cidade é um meio de vida, a construção histórica de uma cidade representa uma oportunidade única para formas de vida melhores e mais felizes. Ele também argumenta que a qualidade urbana é o fator mais crítico na competitividade econômica contemporânea, que depende, mais do que do capital, das pessoas que são excepcionalmente boas no que fazem e que podem escolher onde morar.
Evolução Urbana do Rio de Janeiro
A obra mais conhecida de Maurício de Abreu, professor da UFRJ falecido em 2011, tem mais de 30 anos, está em sua quinta edição e se mantém atual. Best seller das faculdades de arquitetura, fornece, nas palavras do próprio autor, “uma síntese do processo de produção do espaço urbano carioca, desde o início do século XIX”. A publicação, que traz belas fotos de locais hoje modificados pelas ações que desenharam a cidade, analisa o papel desempenhado pelo estado e outros agentes na evolução urbana do Rio de Janeiro, identificando uma tendência preponderante ao modelo segregador entre ricos e pobres que estratifica a cidade em centro e periferia por meio de legislação elitista e da erradicação de favelas. Segundo o autor, antes da primeira grande intervenção estatal, empreendida por Pereira Passos, a falta de transportes coletivos e a maioria da população escrava tornavam faziam do Rio uma cidade mais concentrada e heterogênea. A elite se diferenciava mais pela aparência das casas que pela localização. Com a grande reforma do início do século, nasce a “cidade capitalista”, dividida entre o Centro comercial, a nobre Zona Sul e os subúrbios da Zona Norte, ocupados por indústrias e pela população pobre.
Porto Maravilha + 6 casos de sucesso de revitalização portuária
Seis autores expõem suas experiências sobre revitalização da região portuária em suas cidades, servindo como referência de casos de sucesso e estímulo para o projeto Porto Maravilha, implantado no Rio de Janeiro. Em diferentes períodos históricos, seis grandes metrópoles mundiais colocaram em prática bem-sucedidos projetos de revitalização de áreas portuárias antigas e degradadas: Buenos Aires, Roterdã, Baltimore, Barcelona, Hong Kong e Cidade do Cabo, localizadas em continentes diferentes.
O Censo de 1906 do Rio de Janeiro
A publicação sobre o único censo desenvolvido exclusivamente para a cidade do Rio, conta com duas partes, uma introdução escrita por Nelson Senra, professor do programa de mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, e por fim a reprodução completa do Censo de 1906. No trabalho de recenseamento foram levantados dados como sexo, idade, estado civil, nacionalidade, profissão e nível de instrução, algo que Fernando Cavallieri, sociólogo, classificou como avançado para uma estatística realizada no começo do século XX.
Geografia Histórica do Rio de Janeiro
Resultado de uma pesquisa inédita sobre o espaço carioca e fluminense ao longo dos séculos XVI e XVII, a obra é um ponto alto na historiografia do Rio de Janeiro. A fim de reconstituir esses espaços do Brasil colonial, Maurício de Almeida Abreu realizou levantamentos aprofundados da propriedade fundiária urbana e rural, e abordou questões sociais e políticas da época, a exemplo das relações entre a monarquia distante, das autoridades locais e do papel da igreja. Entre os resultados que podem ser encontrados na publicação, está a identificação e o mapeamento de todos os engenhos fluminenses da época e a primeira denominação da Lagoa Rodrigo de Freitas.
Praias cariocas
Primeira publicação do designer Cláudio Novaes, o livro traz um roteiro sobre as 71 praias do município do Rio de Janeiro, com fotos, mapas de localização e informações sobre acesso e serviços. Cada uma é descrita a partir de um trajeto definido na divisão territorial baseada nos pontos cardeais. A jornada começa pelas praias da Zona Oeste, seguindo pelas da Zona Sul.
Coleção Prefeitos do Rio
Estudos sobre a vida e as obras de antigos prefeitos do Rio:
- Francisco Pereira Passos: Vida e obra;
- Innocencio Serzedello Corrêa: Vida e obra
- Antonio Prado Junior: Vida e obra
- Carlos Sampaio: Vida e obra
- Paulo de Frontin: Vida e obra
- Bento Ribeiro: Vida e obra
- Rivadavia Corrêa: 1914-1916