A Prefeitura do Rio, por meio do Instituto Pereira Passos, criou uma força-tarefa para auxiliar na reta final da contagem populacional nas favelas cariocas do Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Agentes e ex-agentes de Territórios Sociais, programa do município e ONU-Habitat que atua na identificação de famílias em situação de vulnerabilidade social, ajudarão a reduzir o percentual de domicílios que não responderam ao Censo nas comunidades da cidade, que está em torno de 9%.
– Ter informações qualificadas das favelas da cidade é de suma importância para o desenvolvimento de políticas públicas efetivas, baseado em dados e evidências. Por isso, o Censo é tão importante. O IPP já tem uma parceria de longa data com o IBGE e apoiá-lo nessa corrida final é um dever da casa. Com nossa experiência com o Programa Territórios Sociais, formamos recenseadores comunitários muito especializados no território carioca. Além disso, podemos apoiar o IBGE com uma rede de conhecimentos locais institucionais muito potentes – afirma o presidente do Instituto Pereira Passos, Carlos Krikhtine.
Os novos recenseadores trabalharam em fases anteriores de Territórios Sociais e possuem experiência com pesquisas domiciliares nas localidades prioritárias. Nesta semana, eles foram treinados pelo IBGE para um conhecimento mais profundo sobre o questionário utilizado no Censo.
– Territórios é um programa que visa encontrar as famílias mais vulneráveis e, por isso, precisa estar diariamente nessas comunidades. Temos uma excelente articulação nestes territórios, os nossos agentes de campo são moradores e conhecem muita gente. Além de disponibilizar uma lista de pessoas experientes para trabalhar, estamos oferecendo todo suporte ao IBGE, deslocando nossos coordenadores de campo para acompanhar as equipes com o objetivo de alcançar as famílias que ainda não responderam ao Censo – explica Andrea Pulici, coordenadora técnica de Projetos Especiais do IPP.
A partir desta quinta-feira (16/3), eles foram a campo dentro da última fase da operação censitária, a Etapa de Apuração, que abrange os trabalhos de Análise dos Dados coletados. Assim, eles irão buscar por moradores que estavam ausentes no momento da visita ou que se recusaram a responder o questionário.
– Essa chance de ter mão de obra especializada para trabalhar nos aglomerados subnormais, principalmente onde há recusa do informante, certamente será muito valiosa para que o IBGE consiga finalizar o Censo nessas comunidades – comemora o chefe do Setor de Territórios Sociais do IBGE, Jaison Luiz Cervi.